Somália é o curinga da alegria para Papai Joel

Somália é o curinga da alegria para Papai Joel




Rio - Se você perguntar em General Severiano quem é Paulo Rogério Reis Silva, provavelmente ninguém vai saber. Mas, se alguém perguntar ao atacante Herrera pelo jogador mais divertido do time, ele vai apontar o sorridente Somália. De aposta incerta no início do ano, o atleta que veio do América-RN virou o jogo e, se hoje não é titular absoluto, passou a ser o curinga do time nas finais do Campeonato Carioca.

Seja como volante ou jogando improvisado na lateral direita, Somália conquistou a confiança do treinador, que pode sacar do seu baralho a carta mais versátil para surpreender o Fluminense amanhã. Assim como curinga se encaixa bem em qualquer canastra, o polivalente jogador pode aparecer no clássico em outra posição.

“O Somália já jogou na lateral esquerda no Rio Grande do Norte e se saiu bem”, explicou o técnico alvinegro, Joel Santana, que testou por dois dias seguidos o volante na vaga de Marcelo Cordeiro.
Se depender do curinga do Botafogo, ele está pronto para ajudar de novo. “No fim da Série B, joguei cinco ou seis partidas pelo América nesta posição, mas foi mais pela necessidade do técnico”, justificou Somália.

Não é difícil entender por que Joel está pensando em usá-lo na esquerda. Hoje, um dos trunfos da equipe tricolor é o avanço do lateral-direito Mariano. Como o forte de Marcelo Cordeiro é o apoio e não a marcação, com seu curinga em campo Joel poderá neutralizar uma das jogadas mais perigosas do Flu. Mas, enquanto o técnico não define quem serão as 11 cartas do seu baralho, Somália mantém a cautela.

“O treinador gosta de ter jogadores versáteis no grupo. Estou preparado para ajudar e buscar o meu espaço”, ressaltou o volante.

Com a mesma cautela sobre a sua possível titularidade, Somália rejeitou qualquer comparação com o Curinga, do cinema. “Não vi o filme, não”, disfarçou, fingindo não entender a comparação. Questionado se o seu largo sorriso era ao menos parecido com o do inimigo do Batman, o volante decretou, às gargalhadas. “O sorriso... digamos que não”.