Cuca, Joel Santana e suas manias

Cuca, Joel Santana e suas manias

Prancheta, beijinhos na santa... Um duelo de peculiaridades



Dizem os mais saudosos que o futebol não teria a mesma graça se não houvesse o folclore que o cerca. Baseado nessa visão, o mesmo pode ser aplicado, especificamente, a Joel Santana e Cuca, treinadores que se enfrentarão neste sábado, às 18h30, no Maracanã, no duelo entre Botafogo e Fluminense, válido pelas semifinais da Taça Rio.

Tudo bem que os dois rechaçam esse adjetivo, mas não há como negar que suas peculiaridades já caíram no gosto do torcedor, principalmente do carioca, que já se acostumou com eles nos comandos dos clubes de grande massa da cidade.

Joel, treinador alvinegro, tem na prancheta sua principal marca registrada. Na era da tecnologia, o comandante não larga de sua companheira e, com ela, traça todas as suas estratégias que já o fizeram alcançar o patamar de Rei do Rio.

Mas são nas caminhadas, no treinamento antes da decisão, que são pensadas suas estratégias.

– É um momento de reflexão. Fico pensando em qual time escalar, quais jogadores serão relacionados. Penso até mesmo nas questões da vida. Dou uma volta, vejo quem está batendo pênalti. É um momento mais de observação – explica Joel.

Já as manias de Cuca, em sua grande maioria, giram em torno de sua religiosidade. Não é difícil ver o treinador beijando suas medalhinhas durante o jogo. Para o vestiário, leva seu próprio altar. Porém, a mania que causa mais curiosidade não envolve sua fé. À boca pequena, dizem que o técnico não gosta que o ônibus que leva a delegação chegue ao estádio estacionando de ré, mas ele faz questão de negar.

– Roo as unhas, mas não considero uma superstição. Mas isso de não gostar de ônibus andando para trás nunca existiu – costuma dizer.

Peculiaridades à parte, a certeza é a de que, sábado, mais do que nunca, a prancheta de Joel sairá bastante rabiscada, assim como as medalhinhas de Cuca terão muitos mimos.