O FUNDAMENTO DA FINALIZAÇÃO

O FUNDAMENTO DA FINALIZAÇÃO

Sou um entusiasta observador do futebol, daqueles que nunca é indiferente em uma partida de futebol e mesmo nas raras vezes em que escolho um dos oponentes para torcer, a torcida maior é sempre pelo gol.

Gol, no seu mais simplório conceito, mesmo sem querer ou contra, nada mais é que uma finalização bem sucedida.

De um modo geral e em particular no futebol brasileiro, o nível de qualidade das finalizações é péssimo e eu pergunto: porque isso ocorre?

Não tenho mais nenhuma duvida que a causa é a entrada errada na bola para o toque de finalização e isso se deve a pouca ou nenhuma atenção que é dada ao assunto, pois há os treinamentos de finalização, mas infelizmente e esse erro já é decorrente da formação na base, treinamentos específicos para dotar nossos jovens jogadores de ampla capacitação para tal.

Quem tiver curiosidade, procure um tópico que postei em muitos blogues, inclusive nesse em que retorno ao assunto, se não me falha a memória, intitulado o futebol e o ballet ou vice-versa, onde abordo esse assunto.

Diante da calamidade que se passa diante de nossos olhos, creio que o assunto mereça novo redimensionamento.

Ninguém vai ser obrigado a se tornar um virtuose a saltitar um quebra-nozes qualquer, mas é na arte do ballet que vamos encontrar os exercícios que permitem ampliar a qualidade de abertura e rotação dos pés.

Ao cidadão comum é normal uma abertura de 60° no sentido interno do pé no movimento horizontalizado, o que somado a mais 30° no sentido externo do pé, nos proporciona um domínio de 90° graus do mesmo.

Qual seria o nosso potencial de utilização do pé no sentido horizontal por parte numa ação de passe ou finalização se o pudéssemos usar num ângulo de abertura de extremo interno para extremo externo de 180°, como conseguem os nossos bailarinos, somente porque perseveraram nos exercícios de extensão de abertura dos pés?

E o que dizer de ampliarmos os 40° para baixo que somados a mais 20° para cima de extensão vertical de nossos pés, num total de no máximo 60°, para um total de 60° graus de abertura vertical, mediante a prática determinada de exercícios para tal, como é comum aos bailarinos.

Quantas finalizações que com a capacitação dessas aberturas verticais e horizontais permitiriam ser endereçadas ao gol, em lugar de isoladas para a arquibancada ou com transcurso lateral que nem mereça golpe de vista dos goleiros.
Como ex-praticante de futebol, não acho, mas tenho certeza, que o segredo das finalizações bem sucedidas é a forma como se entra na bola para a impulsionar e uma capacitação mais ampla, permite um domínio de tal ordem que praticamente 100% das finalizações efetuadas com a postura dos pés na posição adequada seriam bem sucedidas e com isso as probabilidades de êxito, ou seja, de marcação de gols, se multiplicariam de forma bastante acentuada.

Porque será que treinamentos nesse sentido não são introduzidas nas categorias de base?

Não creio que repulsa dos meninos, pois sei que sempre estão propensos aos sacrifícios por um melhor desempenho, mas vejo na preguiça dos treinadores ou nos seus descompromissos com algo que lhes acresça a carga de trabalho, como o responsável por chutes nas arquibancadas ou próximos às bandeiras de escanteio.

O problema de formação no futebol é o mesmo da sociedade civil em relação aos nossos petizes, pois se não há exercícios de leitura e interpretação de textos, como querer que redijam bem?

As categorias de base têm que ser reestruturadas não para descobrir talentos, mas para aperfeiçoar os mesmos, pois por mais grotesco que possa parecer a bruteza de umm diamante, se devidamente lapidado, vai brilhar.

Abraços,

Lscunha

http://globoesporte.globo.com/rn/noticia/2013/07/america-rn-oficializa-desistencia-da-contratacao-de-jobson-e-caro.html

CHACON,

esse é o ponto, pois o estudo e/ou treinamento não fazem mais parte da maioria de nossa juventude, estimuladas que foram por um presidente que se gaba de ter chegado lá, sem ter estudado.

não há percepção que 10% é talento e 90% é transpiração.

abraços,

lscunha

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